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Complexo Respiratório Suíno

A importância do Mycoplasma hyopneumoniae

O Complexo Respiratório Suíno (CRS) é uma patologia do sistema respiratório comum nas suiniculturas, e influenciado por diferentes fatores como o stress, sobrepopulação, ventilação deficiente, presença de amoníaco, oscilações de temperatura, incumprimento das medidas de biossegurança, deficiências nutricionais, ausência de quarentena, imunossupressão, etc. (Maes et al, 2017).

As patologias respiratórias complicam-se se considerarmos a participação de diferentes agentes etiológicos virais como a síndrome respiratória e reprodutiva porcina (PRRS), Vírus de Influenza Porcina (VIP), Circovírus Porcino (PCV2), Doença de Aujeszky (VEA), Doença do olho azul, Mycoplasma hyopneumoniae (Mhp), M. hyorhinis e bactérias como: Pasteurella multocida, Streptococcus suis tipo 2, Actinobacillus pleuropneumoniae, Haemophilus parasuis, Salmonella choleraesuis, entre outros (Luehrs et al 2017).

As perdas económicas associadas ao CRS são muito elevadas, devido aos custos de vacinação, medicação, mortalidade e diminuição do ganho médio diário, que conduz a um intervalo maior de tempo até ser comercializado para que o peso ideal seja atingido (Holst et al, 2015).

 Mycoplasma hyopneumoniae é o agente etiológico mais importante na Pneumonia Enzoótica (PE) em porcos, frequentemente associado à Pasteurella multocida e Actinobacillus pleuropneumoniae. Os custos com a pneumonia enzoótica associada com Mycoplasma hyopneumoniae são cerca de 1 dólar por porco, mas quando se encontra associado ao Influenza Virus ou PRRS, pode chegar aos 10 dólares. Num estudo realizado por Bringas et al., 2014 registou-se uma perda de 70g de ganho médio diário e um aumento de 0,07 no índice de conversão ao comparar porcos cuja percentagem máxima de lesão pulmonar estava acima de 25%.

 Mhp  é um dos promotores do complexo respiratório suíno e encontra-se disseminado em todas as explorações de porcos; a vacinação não foi suficiente para eliminar o complexo respiratório suíno nas varas infectadas e, por esta razão, utilizam-se antibióticos como alternativa ou complemento para o controlo da doença (Tavío et al, 2016).