Como cuidar da dentição do seu cão para evitar o aparecimento do tártaro?
Como se forma o tártaro?
Três em quatro cães com mais de 4 anos sofrem de problemas dentários. Logo após a erupção dos dentes, a placa dentária deposita-se nos dentes do seu animal.
Sem uma acção específica, corre-se o risco de se desenvolver uma doença periodontal com consequência por vezes graves. A dentição dos cães está sujeita à acção deletéria da placa dentária, um biofilme bacteriano que se deposita na superfície dos dentes e se acumula entre os dentes e as gengivas. Esta placa dentária, invisível, forma-se 6 a 8 horas após uma refeição. Com o tempo, mineraliza-se e este fenómeno conduz ao aparecimento do tártaro.
Quais são os riscos de uma má higiene dentária?
A placa dentária e o tártaro são responsáveis pela inflamação que origina a doença bucodental nº1 no cão: a doença periodontal ou periodontite.
Trata-se de uma lesão nos tecidos de suporte do dente, ou seja, na gengiva mas também no osso e na raiz do dente.
As suas consequências são tanto locais (dor, hipersalivação, mau hálito, perda de dentes) como por vezes gerais, sendo as bactérias disseminadas por via sanguínea e podendo resultar em problemas graves (infecções renais, cardíacas, febre…).
Uma escovagem regular dos dentes
Gerir a higiene dentária do seu animal é portanto uma necessidade e passa por uma escovagem regular com produtos adaptados ao cão.
O recurso a produtos específicos que estimulem a acção mastigatória ou antibacteriana, quando adicionados à água de bebida, é um complemento útil.
A destartarização
Quando há muito tártaro depositado nos dentes, a destartarização é a única solução. Mas este não é um acto inócuo uma vez que se realiza sob anestesia geral.
Além disso, mesmo removendo eficazmente a placa dentária, não impede o seu reaparecimento e, na ausência de medidas de higiene adicionais, este será inevitável.