Vetemex

Resumo das Características do Medicamento

 

NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO
Vetemex 10 mg/ml solução injetável para cães e gatos

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
1 ml contém:

Substância ativa:
Maropitant .......................... 10 mg

Excipientes:
Álcool benzílico (E1519) ...... 11,1 mg

Para a lista completa de excipientes, ver "Lista de Excipientes"

FORMA FARMACÊUTICA
Solução injetável.
Solução transparente, incolor a amarelo-claro.

INFORMAÇÕES CLÍNICAS

Espécies-alvo

Caninos (Cães) e Felinos (Gatos).

Indicações de utilização, especificando as espécies-alvo
Cães:
Tratamento e prevenção de náuseas induzidas pela quimioterapia.
Prevenção do vómito, exceto o induzido pelo enjoo provocado pelo movimento. Tratamento do vómito, em associação com outras medidas de suporte.
Prevenção de náuseas e vómito no período perioperatório e melhoria na recuperação da anestesia geral após administração de morfina (agonista dos recetores opiáceos μ).

Gatos:
Prevenção do vómito e redução de náuseas, exceto os induzidos pelo enjoo provocado pelo movimento.
Tratamento do vómito, em associação com outras medidas de suporte.

Contraindicações
Não existem.

Advertências especiais para cada espécie-alvo
O vómito pode estar associado a situações graves, severamente debilitantes, incluindo obstruções gastrointestinais, pelo que deve ser realizado um diagnóstico apropriado.
As Boas Práticas Veterinárias recomendam que os antieméticos devem ser administrados em conjunto com outros procedimentos veterinários e medidas de suporte, tais como dieta e fluidoterapia de substituição, enquanto se tratam as causas subjacentes ao vómito.
Não é recomendada a administração do medicamento veterinário no tratamento do vómito causado pelo enjoo provocado pelo movimento.

Cães:
Apesar de o maropitant ter demonstrado ser eficaz no tratamento e na prevenção da emese induzida pela quimioterapia, foi considerado mais eficaz se utilizado preventivamente. Por isso, é recomendada a administração do medicamento veterinário previamente à administração do agente quimioterapêutico.

Gatos:
A eficácia do maropitant na redução de náuseas foi demonstrada em estudos com modelo experimental (utilização de xilazina para a indução de náuseas).

Precauções especiais de utilização

Precauções especiais para a utilização em animais
A segurança do maropitant não foi demonstrada em cães com idade inferior a 8 semanas, gatos com idade inferior a 16 semanas, nem em cadelas e gatas gestantes ou lactantes. Deve ser administrado apenas em conformidade com a avaliação benefício-risco realizada pelo médico veterinário responsável.
O maropitant é metabolizado no fígado, pelo que deve ser utilizado com precaução em animais com doença hepática. Uma vez que, num período de tratamento de 14 dias, o maropitant se acumula no organismo devido à saturação do metabolismo, deve ser implementada uma monitorização cuidadosa da função hepática e de eventuais acontecimentos adversos nos tratamentos de longa duração.
O medicamento veterinário deve ser utilizado com precaução em animais que sofram de doenças cardíacas ou tenham predisposição para essas doenças, dado o maropitant ter afinidade para os canais iónicos do cálcio e potássio. Num estudo conduzido em cães Beagle saudáveis, aos quais foi administrada por via oral a dose de 8 mg/kg, foram observados aumentos no intervalo QT de aproximadamente 10 % no ECG; no entanto, este aumento não parece ter significado clínico.
Devido à ocorrência frequente de dor transitória durante a injeção subcutânea, pode ser necessária a aplicação de medidas de contenção adequadas ao animal. A administração do medicamento veterinário a uma temperatura refrigerada pode reduzir a dor da injeção.
Precauções especiais a adotar pela pessoa que administra o medicamento veterinário aos animais  O maropitant é um antagonista do receptor da neurocinina-1 (NK1) que atua no sistema nervoso central. Por conseguinte, o medicamento veterinário pode causar náuseas, tonturas e sonolência em caso de auto-injecção acidental. Se ocorrer auto-injecção acidental, dirija-se imediatamente a um médico e mostre-lhe o folheto informativo ou o rótulo.
O medicamento veterinário pode causar irritação na pele. O contato com a pele deve, portanto, ser evitado. Em caso de exposição acidental, lavar a área afetada com muita água.
O medicamento veterinário pode causar sensibilização da pele. Pessoas com hipersensibilidade conhecida ao maropitant e / ou álcool benzílico devem evitar o contato com o medicamento veterinário. Se você desenvolver sintomas como uma erupção cutânea após exposição acidental, procurar orientação médica e mostrar ao médico este aviso.
O medicamento veterinário pode causar irritação nos olhos. O contato com os olhos deve ser evitado. Em caso de exposição acidental, lavar os olhos com água em abundância e procurar assistência médica imediatamente.
Lavar as mãos após a administração do medicamento veterinário.

Reações adversas (frequência e gravidade)
Pode ocorrer dor no local de injeção quando administrado por via subcutânea. Nos gatos é muito frequentemente observada uma resposta moderada a grave à injeção (em aproximadamente um terço dos gatos).
Em casos muito raros podem ocorrer reações de tipo anafilático (edema alérgico, urticária, eritema, colapso, dispneia, palidez das membranas mucosas).

A frequência dos eventos adversos é definida utilizando a seguinte convenção:

  • muito frequente (mais de 1 animal apresentando evento(s) adverso(s) em 10 animais tratados);
  • frequente (mais de 1 mas menos de 10 animais em 100 animais tratados);
  • pouco frequente (mais de 1 mas menos de 10 animais em 1 000 animais tratados);
  • rara (mais de 1 mas menos de 10 animais em 10 000 animais tratados);
  • muito rara (menos de 1 animal em 10 000 animais tratados, incluindo notificações isoladas).

Utilização durante a gestação, a lactação ou a postura de ovos
Administrar apenas em conformidade com a avaliação benefício-risco realizada pelo médico veterinário responsável, dado não terem sido conduzidos estudos de toxicidade reprodutiva conclusivos em nenhuma espécie animal.

Interações medicamentosas e outras formas de interação
O medicamento veterinário não deve ser utilizado concomitantemente com antagonistas dos canais de cálcio, dado que o maropitant tem afinidade para os canais de cálcio.
O maropitant liga-se fortemente às proteínas plasmáticas e pode competir com outros medicamentos com forte ligação.

Posologia e via de administração
Administração por via intravenosa ou subcutânea em cães e gatos.
O medicamento veterinário deve ser administrado por via subcutânea ou intravenosa, uma vez ao dia, na dose de 1 mg de maropitant/kg de peso corporal (1 ml/10 kg de peso corporal) até 5 dias consecutivos. A administração intravenosa do medicamento veterinário deve ser em bólus único, sem misturar o medicamento veterinário com outros líquidos.
Para prevenir o vómito, o medicamento veterinário deve ser administrado com antecedência superior a 1 hora. A duração do efeito é aproximadamente de 24 horas e, portanto, o tratamento pode ser efetuado na noite anterior à administração de um agente que possa provocar emese (por ex. quimioterapia).
Considerando a grande variação farmacocinética e que o maropitant se acumula no organismo após a repetição da administração diária, doses inferiores à recomendada podem ser suficientes em alguns animais e na repetição da administração.
Para a administração por via subcutânea, ver também as «Precauções especiais para a utilização em animais»

Sobredosagem (sintomas, procedimentos de emergência, antídotos), (se necessário)
Excluindo as reações transitórias no local de injeção após administração subcutânea, o maropitant foi bem tolerado em cães e gatos jovens após injeções diárias de até 5 mg/kg (5 vezes a dose recomendada) durante 15 dias consecutivos (3 vezes a duração de administração recomendada). Não existem dados sobre a sobredosagem em gatos adultos.

Intervalo(s) de segurança
Não aplicável.

PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: Antieméticos.
Código ATCvet: QA04AD90

Propriedades farmacodinâmicas
O vómito é um processo complexo coordenado centralmente pelo centro do vómito. Este centro é constituído por vários núcleos do tronco cerebral (area postrema, núcleo do trato solitário, núcleo motor dorsal do vago) que recebem e integram estímulos sensoriais de origem central e periférica e estímulos químicos provenientes da circulação e do líquido cefalorraquidiano.
O maropitant é um antagonista dos recetores da neurocinina 1 (NK1) que atua por inibição da ligação da substância P, um neuropéptido da família das taquicininas. A substância P encontra-se em concentrações significativas nos núcleos que constituem o centro do vómito e é considerada o neurotransmissor chave no processo do vómito. Ao inibir a ligação da substância P no centro do vómito, o maropitant é eficaz contra as causas de vómito neuronais e humorais (centrais e periféricas).
Vários ensaios in vitro demonstraram que o maropitant se liga seletivamente ao recetor NK1, exercendo um antagonismo funcional dose-dependente em relação à atividade da substância P.
O maropitant é eficaz contra o vómito. A eficácia antiemética do maropitant face a substâncias emetizantes de ação central e periférica, incluindo a apomorfina, a cisplatina e o xarope de ipecacuanha (cães) e a xilazina (gatos), foi demonstrada em estudos experimentais.
Os sinais de náuseas em cães, incluindo salivação excessiva e letargia, podem manter-se após o tratamento.

Propriedades farmacocinéticas
Cães:
O perfil farmacocinético do maropitant quando administrado por via subcutânea em cães, na dose única de 1 mg/kg de peso corporal, foi caracterizado por uma concentração plasmática máxima (Cmax) de aproximadamente 92 ng/ml; esta concentração foi atingida num período de 0,75 horas após a administração (Tmax). O pico de concentração foi seguido por um declínio na exposição sistémica com uma semivida de eliminação aparente (t1/2) de 8,84 horas. Após a administração intravenosa de uma única dose de 1 mg/kg, a concentração plasmática inicial foi de 363 ng/ml. O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) foi de 9,3 l/kg e a depuração sistémica foi de 1,5 l/h/kg. A semivida de eliminação (t1/2) após a administração intravenosa foi de aproximadamente 5,8 h.
Durante os ensaios clínicos, os níveis plasmáticos do maropitant conferiram eficácia a partir de 1 hora após a administração.
A biodisponibilidade do maropitant após administração por via subcutânea em cães foi de 90,7 %. O maropitant revela uma cinética linear quando administrado subcutaneamente num intervalo de doses entre 0,5–2 mg/kg.
Após repetição da administração por via subcutânea numa dose diária de 1 mg/kg de peso corporal, durante cinco dias consecutivos, a acumulação foi de 146 %. O maropitant é metabolizado a nível hepático pelo citocromo P450 (CYP). O CYP2D15 e o CYP3A12 foram identificados como as isoformas caninas envolvidas na biotransformação hepática do maropitant.
A depuração renal é uma via de eliminação menor, aparecendo na urina, como maropitant ou como o seu metabolito principal, menos de 1 % de uma dose por via subcutânea de 1 mg/kg. A ligação do maropitant às proteínas plasmáticas nos cães é superior a 99 %.

Gatos:
O perfil farmacocinético do maropitant quando administrado por via subcutânea em gatos, na dose única de 1 mg/kg de peso corporal, foi caracterizado por uma concentração plasmática máxima (Cmax) de aproximadamente 165 ng/ml; esta concentração foi atingida em média num período de 0,32 horas (19 minutos) após a administração (Tmax). O pico de concentração foi seguido por um declínio na exposição sistémica com uma semivida de eliminação aparente (t1/2) de 16,8 horas. Após a administração intravenosa de uma única dose de 1 mg/kg, a concentração plasmática inicial foi de 1040 ng/ml. O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) foi de 2,3 l/kg e a depuração sistémica foi de 0,51 l/h/kg. A semivida de eliminação (t1/2) após a administração intravenosa foi de aproximadamente 4,9 h. Parece haver um efeito relacionado com a idade na farmacocinética do maropitant nos gatos, com os gatinhos a apresentarem valores de depuração superiores aos dos gatos adultos.
Durante os ensaios clínicos, os níveis plasmáticos do maropitant conferiram eficácia a partir de 1 hora após a administração.
A biodisponibilidade do maropitant após administração por via subcutânea em gatos foi de 91,3 %. O maropitant revela uma cinética linear quando administrado subcutaneamente num intervalo de doses entre 0,25–3 mg/kg.
Após repetição da administração por via subcutânea numa dose diária de 1 mg/kg de peso corporal, durante cinco dias consecutivos, a acumulação foi de 250 %. O maropitant é metabolizado a nível hepático pelo citocromo P450 (CYP). O CYP1A e o CYP3A foram identificados como as isoformas felinas envolvidas na biotransformação hepática do maropitant.
As depurações renal e fecal são vias de eliminação menores para o maropitant, aparecendo na urina ou fezes como maropitant menos de 1 % de uma dose por via subcutânea de 1 mg/kg. Como metabolito principal, 10,4 % da dose do maropitant foi recuperada na urina e 9,3 % nas fezes. A ligação do maropitant às proteínas plasmáticas nos gatos foi estimada em 99,1 %.

INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

Lista de excipientes

Éter sulfobutil-betadex sódico
Álcool benzílico (E1519)
Ácido cítrico, anidro
Hidróxido de sódio
Água para injetáveis

Incompatibilidades principais
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento veterinário não deve ser misturado com outros na mesma seringa.

Prazo de validade
Prazo de validade do medicamento veterinário tal como embalado para venda: 4 anos.
Prazo de validade após a primeira abertura do acondicionamento primário: 56 dias.

Precauções especiais de conservação
Este medicamento veterinário não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Natureza e composição do acondicionamento primário
Frasco de vidro âmbar de tipo I fechado com tampa de borracha de bromobutilo revestida e cápsula de alumínio, numa caixa de cartão.
Apresentações: 1 frasco de 10 ml, 20 ml, 25 ml ou 50 ml.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Precauções especiais para a eliminação de medicamentos veterinários não utilizados ou de desperdícios derivados da utilização desses medicamentos
O medicamento veterinário não utilizado ou os seus desperdícios devem ser eliminados de acordo com a legislação em vigor.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
CP-Pharma Handelsgesellschaft mbH
Ostlandring 13
31303 Burgdorf Alemanha

NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
1235/01/18RFVPT

DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
Data da primeira autorização: 31 de Dezembro de 2018

DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Dezembro de 2018

PROIBIÇÃO DE VENDA, FORNECIMENTO E/OU UTILIZAÇÃO
Não aplicável.