Virbamec F

Resumo das Características do Medicamento

 

NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO
VIRBAMEC F, Solução injectável

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ml contém:                     

Substância Activa:
Ivermectina …………………….  10 mg
Clorsulon ………………………… 100 mg

Excipientes:
Galato de propilo (E310)…… 0,2 mg

Para a lista completa de excipientes, ver secção "Lista de Excipientes".

FORMA FARMACÊUTICA
Solução injectável.
Solução clara, ligeiramente amarelada e ligeiramente viscosa.

INFORMAÇÕES CLÍNICAS

Espécie(s)-alvo
Bovinos.

Indicações terapêuticas
Para o tratamento de infestações mistas em bovinos devidas a: tremátodes, nemátodes ou artrópodes, ocasionadas por formas adultas e imaturas de nemátodes gastrointestinais, parasitas pulmonares, miíases, ácaros, piolhos e fascíola hepática.

Nemátodes gastrointestinais (adultos e L4):
Ostertagia ostertagi (incluindo larvas inibidas)
O. lyrata
Haemonchus placei
Trichostrongylus axei
Trichostrongylus colubriformis
Cooperia oncophora
Cooperia punctata
Cooperia pectinata
Bunostomum phlebotomum
Oesophagostomum radiatum

Strongyloides papillosus (adultos)
Nematodirus helvetianus (adultos)
Nematodirus spathiger (adultos)

Parasitas pulmonares (adultos e L4):
Dictyocaulus viviparus

Fascíola hepática (adultos):
Fasciola hepatica

Larvas de muscídeos (larvas migratórias):
Hypoderma bovis
Hypoderma lineatum

Ácaros da sarna:
Psoroptes bovis
Sarcoptes scabiei var. bovis

Piolhos sugadores:
Linognathus vituli
Haematopinus eurysternus

O medicamento veterinário também pode ser usado como auxiliar no controlo dos ácaros da saran Chorioptes bovis, mas pode não ocorrer eliminação completa dos mesmos.

Contra-indicações
Não administrar o medicamento veterinário em bovinos produtores de leite para consumo humano. Não administrar em vacas leiteiras não-lactantes, incluindo novilhas gestantes 60 dias antes do parto. Não administrar noutras espécies animais além dos bovinos, dado que, podem ocorrer reacções adversas graves até mesmo morte, como no caso dos cães, por exemplo.
Não administrar por via intravenosa ou intramuscular.
Não administrar em animais com hipersensibilidade conhecida à substância activa.

Advertências especiais para cada espécie-alvo
Devem ser tomadas precauções para evitar as práticas seguintes, dado que as mesmas aumentam o risco de desenvolvimento de resistências e podem, em última análise, resultar numa terapia ineficaz:

  • administração demasiado frequente e repetida de anti-helmínticos da mesma classe, ao longo de um período de tempo prolongado;
  • ​subdosagem, a qual se pode dever à subestimação do peso corporal, administração errada do medicamento veterinário ou falta de calibração do dispositivo de dosagem (se existir).

Os casos clínicos em que se suspeita de resistência aos anti-helmínticos devem ser adicionalmente investigados, utilizando testes adequados (por exemplo, Teste de redução por contagem de ovos fecais). Nos casos em que os resultados do(s) teste(s) sugiram fortemente que existe resistência a um anti-helmíntico em particular, deve ser administrado um anti-helmíntico pertencente a uma outra classe farmacêutica e que tenha um modo de acção diferente.

Precauções especiais de utilização

Precauções especiais para utilização em animais

Dividir as doses superiores a 10 ml, por dois locais de injecção, a fim de minimizar o transtorno ocasional no animal ou a ocorrência de reacções no local de injecção.
A utilização frequente e repetida pode originar o desenvolvimento de resistências.
O momento adequado para o tratamento dos estádios do parasita deve ser tido em atenção. Assim, o melhor período para o tratamento das infecções causadas pelo Hypoderma será no fim da actividade  da fase adulta do parasita, antes da larva provocar acção nociva no corpo do animal (Outubro a Novembro). A morte das larvas de Hypoderma bovis que se localizem no canal vertebral poderá provocar paralisia posterior ou tremores. Estas reacções aparecem principalmente se o tratamento dos animais for efectuado entre Dezembro e Março.
As avermectinas podem não ser bem toleradas em todas as espécies não alvo. Casos de intolerância com resultado fatal foram registados em cães, em particular em Collies, “Old English Sheepdogs” (Pastores Anglo-Saxões) e outras raças aparentadas ou cruzadas, e também nas tartarugas/cágados.

Precauções especiais a adoptar pela pessoa que administra o medicamento veterinário aos animais
Não comer, beber ou fumar enquanto estiver a manipular este medicamento veterinário. Lave as mãos após a utilização do medicamento veterinário.
Evitar o contacto com a pele ou os olhos.
Ter cuidado para evitar auto-injecção, o medicamento pode provocar irritação e/ou dor no local da injecção.

Efeitos indesejáveis (frequência e gravidade)
Observaram-se transtornos transitórios em alguns bovinos, imediatamente após administração subcutânea do medicamento veterinário. Observou-se também tumefacção dos tecidos moles e/ou ligeira dor no local da injecção. Estas reacções desapareceram sem tratamento.
Em caso de reacções de hipersensibilidade um tratamento sintomático deve ser aplicado.

Utilização durante a gestação e lactação
Não administrar em animais produtores de leite para consumo humano.
Não administrar em vacas leiteiras não-lactantes, incluindo novilhas grávidas 60 dias antes do parto.

Interacções com outros medicamentos e outras formas de interacção
Os efeitos dos agonistas dos receptores GABA são aumentados pela ivermectina.

Posologia, modo e via de administração
O medicamento veterinário apenas deve ser administrado por via subcutânea, uma só administração, na dose recomendada de 200 mcg de ivermectina e 2 mg de clorsulon por kg de peso vivo. Cada ml contém 10 mg de ivermectina e 100 mg de clorsulon, quantidade suficiente para tratar um animal com 50 kg de peso vivo. Administrar unicamente por injecção subcutânea.

Para assegurar uma dosagem correcta, o peso corporal deve ser determinado de forma tão exacta quanto possível.

Dividir as doses superiores a 10 ml por dois locais de injecção.
Injectar por baixo da pele solta atrás da espádua. Sugere-se a utilização de uma agulha de 17 gauge e de ½ polegada(15-20 mm). A injecção pode ser aplicada com qualquer seringa hipodérmica automática normal, multidose ou de dose única.

Se utilizar uma seringa hipodérmica, use uma agulha estéril em separado, para retirar a dose da embalagem.
Este medicamento veterinário não contém conservantes antimicrobianos. Limpar o septo antes de remover cada uma das doses. Use uma agulha e seringa seca e estéril.
Para embalagens de 200, 500 e 1000 ml, use apenas seringas automáticas.

Não é recomendada a administração da injecção a animais com a pele húmida ou suja.
Quando a temperatura do medicamento veterinário estiver abaixo de 5ºC, pode ocorrer dificuldade na administração devido a um aumento da viscosidade. Se aquecer o medicamento veterinário e o equipamento de injecção para cerca de 15ºC facilitará bastante a administração do medicamento veterinário. Devem ser usados locais de injecção diferentes para administração de outros medicamentos parentéricos.

O período do tratamento deve ser escolhido em função dos dados epidemiológicos sendo necessária a adaptação para cada exploração. O médico veterinário deverá estabelecer um programa de tratamento.

Sobredosagem (sintomas, procedimentos de emergência, antídotos)
Ocorre uma síndrome tóxica aguda que consiste em sinais do SNC de depressão e letargia, ataxia, inacção e possível morte, nos bovinos que recebem doses subcutâneas iguais a 40 vezes a dose terapêutica de ivermectina. O tratamento deve ser sintomático.
Não foi identificado um nível de dose de clorsulon que provoque uma síndroma tóxica nos bovinos.

Intervalo de segurança
Carne e vísceras: 66 dias.
Leite: Não administrar em bovinos cujo leite se destine a consumo humano.
Não administrar a vacas leiteiras não-lactantes, incluindo novilhas gestantes 60 dias antes do parto.

PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: endectocida, fasciolicida anti-helmíntico.
Código ATCvet: QP54A A51

Propriedades farmacodinâmicas
A ivermectina é um endectocida de largo espectro da família das avermectinas. A ivermectina é isolada após purificação e hidrogenação dos compostos da família da avermectina que são obtidos da fermentação do organismo do solo Streptomyces avermitilis.
A ivermectina é um derivado lactona-macrocíclico com uma larga e potente actividade anti-parasitária contra nemátodes e artrópodes. Actua por inibição dos impulsos nervosos. A ivermectina liga-se selectivamente e com elevada afinidade aos canais de iões cloreto glutamato-mediados que se encontram nos nervos e células musculares dos invertebrados. Este processo conduz ao aumento da permeabilidade da membrana celular aos iões cloretos com uma hiperpolarização da célula nervosa ou muscular resultando em paralisia e morte dos parasitas mais relevantes. Os compostos desta classe também podem interagir com outros ligandos-mediadores dos canais de cloro tais como os mediados pelo neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA). A margem de segurança para os compostos desta classe é atribuível ao facto de os mamíferos não possuírem canais cloreto glutamato-mediados. As lactonas macrocíclicas têm uma baixa afinidade para outros canais cloreto ligando-mediados dos mamíferos e não atravessam com facilidade a barreira hemato-encefálica.
O Clorsulon inibe as enzimas glicolíticas da Fasciola hepatica (3-fosfoglicerato quinase e fosfogliceromutase). Esta inibição enzimática bloqueia eficazmente a via glicolítica de Embden-Myerhof, privando assim a fascíola da sua fonte principal de energia metabólica.

Propriedades farmacocinéticas
Após injecção subcutânea do medicamento veterinário na dose de 1 ml por 50 kg de peso vivo (200 µg/kg de peso vivo de ivermectina e 2 mg/kg de peso vivo de clorsulon), as concentrações médias máximas de 26 ng/ml para a ivermectina e 2,8 µg/ml para o clorsulon foram alcançadas após 35 horas no caso da ivermectina e 9 horas no caso do clorsulon.

INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS

Lista de excipientes
Galato de propilo
 Edetato dissódico
Água para injectáveis
Glicerol formal
Propilenoglicol

Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento veterinário não deve ser misturado com outros.

Prazo de validade
Prazo de validade do medicamento veterinário tal como embalado para venda: 36 meses.
Prazo de validade após a primeira abertura do acondicionamento primário: 28 dias.

Precauções particulares de conservação
Proteger da luz.
Conservar o medicamento na embalagem de origem.
Após a primeira abertura da embalagem, use o medicamento no prazo de 28 dias.

Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos de polietileno de baixa densidade (LDPE ), incolores, de 50, 200, 500 ou 1000 ml, com sobretampa de plástico a cobrir a rolha de borracha e a cápsula de alumínio.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Precauções especiais de eliminação do medicamento não utilizado ou dos seus desperdícios, se for caso disso
O medicamento veterinário não utilizado ou os seus resíduos devem ser eliminados de acordo com a legislação em vigor.
EXTREMAMENTE PERIGOSO para os peixes e para a vida aquática. Não contamine lagos, canais ou valas com o medicamento veterinário ou com a embalagem vazia.

NOME OU DESIGNAÇÃO SOCIAL E DOMICÍLIO OU SEDE DO RESPONSÁVEL PELA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO E DO FABRICANTE

Titular de Autorização de Introdução no Mercado

VIRBAC DE PORTUGAL LABORATORIOS LDA
Rua do Centro Empresarial Edifício 13, Escritório 3, Piso 1
Quinta da Beloura
P 2710 693 Sintra PORTUGAL

Fabricante
Virbac SA
1ère Avenue – 2065 m – L.I.D
06516 Carros – França

NÚMERO(S) DE REGISTO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
51610 no INFARMED

DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
3 de Fevereiro de 2006/1 de Junho de 2010

DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Julho de 2012

Só pode ser vendido mediante receita médico-veterinária.